sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Ser diferente incomoda muita gente!

A padronização é que mata a individualidade e criatividade das pessoas. Não dá chance de o indivíduo se descobrir e não abre espaço para deixar brotar o que pode estar só esperando terreno fértil.

A verdade é que com todas estas regras e preconceitos, se torna muito difícil e inconveniente ser diferente. Ou temos que ser muito corajosos para ir contra todos esses preceitos, ou acabamos nos moldando, engolindo tudo que nos empurram para não darmos margem a comentários e pensamentos contrários caso não nos adequemos aos padrões muito sutilmente impostos. Afinal, nada é tão descarado. Agimos como se fossem tempos ultra-modernos onde cada um tem direito de viver da maneira como lhe convier.

Isso não é bem verdade. Há um cobrança invisível e mascarada implícita por parte de todas as pessoas, tornou-se tudo automático. As pessoas não questionam mais nada! Nem a si mesmas e nem as regras. Aceitam tudo como se fosse a única verdade existente. Não deixo de pensar no dia em que se darão conta disso, como se sentirão.

Você até pode seguir todas essas regras, mas desde que pense sobre elas antes, veja se faz sentido para você e aí está tudo bem. Mas não simplesmente porque alguém te condicionou a agir assim.

Triste daqueles que se submetem a somente repetir o que os outros mandam, sem nem lembrar-se de quem são.

Consideram graves os casos dos que não trilham o mesmo caminho, os diferentes. Mas grave é quem se violenta forçando-se a ser igual. Neste ponto é que começa a tal amargura.

Pois quem se mutila para seguir o exemplo do outro, nunca descobrirá a beleza de viver!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Ser feliz dá trabalho!

Não é a toa que as pessoas estão a cada dia mais amargas indiferentes ou resignadas, pois ser feliz dá muito trabalho. Dá trabalho porque geralmente precisamos mexer em muitos aspectos já consolidados, envolve outras pessoas e isso gera um stress imenso.

Aqueles que são mais acomodados preferem deixar tudo como está a ter que começar a um trabalho longo e árduo atrás do que realmente importa em sua vida. E muito provavelmente, nem pensam sobre isso para não se incomodar, afinal é extremamente desconfortável viver uma situação que não o agrada totalmente tendo plena consciência disso. Então neste caso, é preferível nem enxergar.

Na vida tomamos decisões por um destes dois caminhos: ou para sermos felizes ou para evitar o sofrimento.

O caminho correto é a escolha de ser feliz, pois as pessoas ao nosso redor também só conseguirão ser felizes, se também o formos. Precisamos estar em paz conosco para transmitirmos uma boa energia e tranqüilidade.

Mas se decidirmos evitar o sofrimento é praticamente certo que falharemos. Pois por medo de sofrer ou fazer outros sofrerem, deixamos de buscar nossa felicidade e acabamos impedindo outros de encontrarem a sua também.

Tentando calar nossos anseios mais íntimos, vamos afastando-nos de nossos sonhos, e criamos uma realidade separada para não sofrermos demais com a não realização deles. E fato é que a amargura toma conta de nossa alma. Perdemos o entusiasmo. Entusiasmo pela vida!

Ao mesmo tempo temos medo da morte! E não nos damos conta de que estamos nos envenenando aos poucos, pois a amargura é um veneno potentíssimo que dará cabo a nossa vida ou promoverá uma doença que o faça.

O maior problema é a nossa cegueira. Não conseguimos perceber desta forma e continuamos cavando nossa própria cova. Continuamos empurrando com a barriga, tapando nossos olhos e fechando nossos ouvidos a fim de manter a nossa segurança construída tão arduamente. Não aceitamos nada que ameace nossa estrutura, que coloque em risco nosso castelo atrás do qual nos escondemos.

Ressentimos-nos com as pessoas que por algum motivo acordaram para a vida, descobriram que a vida precisa ser vivida, e que topam pagar o preço de viver na insegurança. Só que neste pacote inclui todas as emoções que temos medo de sentir.

Então taxamo-nas de “fora da realidade”, para o fardo ficar um pouco mais leve em nossas costas. Temos que arranjar desculpas para não compreendê-las por pavor de sentir a mesma necessidade, e isto quer dizer, arregaçar as mangas e conviver com um incômodo incessante por longo tempo até que uma nova realidade seja construída.
Mas nem todos querem se sujeitar a isto, mas também pagam um preço alto por esta escolha. Abdicam do sopro da vida, não restando quase nada. Nem vontade de morrer nem vontade de viver..

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O Sr. Ferreira, taxista em Ribeirão Preto


Pode ser dentro de um táxi e em alguns poucos minutos, que aprendemos as coisas mais importantes da vida!

Uma história simples e sofrida, mas absolutamente sem rancor, o que mais me impressionou.

O Sr. Ferreira me mostrou que nem sempre as pessoas que tiveram condições caóticas de vida, são pessoas amargas ou amarguradas, infelizes, tristes, deprimidas ou descrentes da vida.

Não!

Pelo contrário, conduziu-me por sua trajetória lindamente, o que me comoveu demais, por ser algo tão desprovido de amor, atenção, carinho e mesmo assim, por tudo que passou e não foi pouco, ele tirou a melhor lição possível. Quando a maioria de nós, já teria jogado a toalha há muito tempo, passaria o resto da vida lamentando-se por sua má sorte e não interessaria o que de bom viesse à frente, pois nada compensaria ou apagaria o passado digno de dó.

A força dessas pessoas iluminadas é algo que me intriga e fascina. Pois não são pessoas que estudaram e aprofundaram-se no tema de evolução espiritual e então passam a aplicar a teoria aprendida por consciência.

Não!

Elas nascem com essa sabedoria desenvolvida, é algo delas mesmo e nem precisa ser muito lapidado.

Talvez seja a única maneira de suportar a miséria de suas vidas? Talvez!

Mas há que considerar que poderiam ir pelo outro caminho, o mais fácil, o da autopiedade e comiseração como a maior parte das pessoas.

Para o Sr. Ferreira, a beleza da vida está na simplicidade das coisas. Não precisa de luxo, tecnologia e dinheiro. Olhar um pato nadando, uma galinha ciscando, a natureza perfeita ao seu redor, é o que de maior pode almejar. Essa é sua felicidade.

Seu sonho, que ele acha impossível de realizar, mas nem por isso deixa de tê-lo, é morar num sítio onde passará o resto de sua vida curtindo os bons momentos a sua maneira.

Não estou pregando que tudo que o mundo moderno nos proporciona é de pouca valia, obviamente nos dias de hoje não vivemos mais sem as “modernidades” , mas certamente de nada elas valem se também não soubermos o valor da simplicidade.. Pois poderemos conquistar o que for, o que de maior pudermos possuir, nada suprirá nosso vazio, porque não é lá que está o que pode nos preencher.

E a simplicidade, está no olhar de quem está atento.. Na visão das sutilezas.. É ver beleza, onde só a consciência de vida pode te mostrar.. É lá que moram os mais ricos detalhes..

Então, cabe a cada um de nós, aprendermos um pouquinho com o sábio Sr. Ferreira!

E a vida que levamos, é onde mostramos quem somos.