sexta-feira, 19 de junho de 2009

O mundo precisa de ajuda!


O mundo precisa de ajuda!


O mundo está doente, em depressão. Precisamos fazer alguma coisa com urgência, antes que nosso fim seja este mesmo.

Tenho notado que é um mal generalizado e recorrente. Recorrente porque vira e mexe ele volta, pois não é resolvido, não se chega à raiz do problema. Geralmente resolvemos as questões "que nos incomodam", mas não mexemos na base, que é onde deve ser investigado. Os conceitos e valores é que precisam ser modificados.

Não existe reforma ortográfica? Reforma de leis? Reforma no governo?

Precisamos na verdade é de uma reforma nos valores da sociedade! Sem isso, sinto muito dizer, mas sucumbiremos.

As pessoas não agüentam mais viver num modelo convencionado como o "certo" porque é assim que funciona o esquema, um modelo linear, tradicional.
É o padrão mental que nos ensinaram dizendo que somos "nós mesmos".

E ainda pior, a maioria das pessoas não sabe disso, não se dá conta que o "condicionamento" não é seu verdadeiro eu. São simplesmente condicionamentos. Valores transferidos a você por séculos e séculos a fio, totalmente equivocados.

Condicionamentos tolhem nossa liberdade de pensar, de criar, de Ser. De existir de verdade, como fomos criados.

Condicionamentos nos aprisionam em nossa própria casa mental, que é a pior das prisões. Condicionamentos que nos fazem acreditar que devemos buscar incessantemente o sucesso material, o poder, e que insiste que devemos ser o melhor em tudo. Que não podemos relaxar, porque seremos passados para trás.

Não se vive o que se sente! Este é o maior sofrimento.


Então nosso Ser essencial precisa gritar para ser ouvido. E é isso que acontece quando algo não pára de nos incomodar, não nos dá paz. Geralmente começa com um incômodo que não sabemos bem definir, vai virando angústia, mas tentamos deixar de lado.

O Ser quer que vivamos de acordo com a nossa essência, como somos realmente. E não que levemos a vida baseada em nosso ego, nossa estrutura mental que é totalmente induzida pelos costumes e regras da sociedade humana.

Mas não mergulhamos neste terreno porque é perigoso demais. Talvez mudanças drásticas em nossas vidas precisem ser feitas. Mas então o Ser começa a nos torturar. Pode ser uma doença física, ou os sintomas dela pelo menos, ou depressão. Algo que te faça parar e reavaliar situações.

Mas muitas vezes, nem assim passa pelas nossas cabeças que possa ser algo relacionado com nosso estilo de vida.

Tentamos abafar o som dessa voz perturbadora que só atrapalha nosso ritmo alucinado. Tentamos calá-la ocupando-nos com outras coisas. Enchemos mais nossas agendas, arranjamos viagens, procuramos nos afundar em estudo, ou mais e mais trabalho. Tudo isso com um intuito: distração do essencial e dispersão com coisas secundárias.

Não se olha mais para o lado, não se tem tempo de saber do outro. Trocar uma palavra de afeto, aconselhar ou pedir um conselho, oferecer um ombro a alguém que precise, ou ouvir com atenção. Enfim, prestar atenção nas coisas mais sutis e fundamentais da vida.

Somente a consciência pode mudar esta história. Nada mais!

O maior tesouro que temos é a troca de experiências. Mas infelizmente não temos mais tempo para isso. Pois o mundo não pára!

terça-feira, 16 de junho de 2009

O Vício do Pensamento

“Nós somos quem nós pensamos”. Quem já não ouviu esta frase?

Assim como eu, provavelmente muitas pessoas ouvem e ainda acreditam nisso. Mas de fato, não é bem verdade. Não somos o que “pensamos”, mas muito mais que isso. Os pensamentos influenciam nossa vida externa, os fatos, mas nossa essência está totalmente à parte disso.

Podem estar pensando, mas que loucura! Como assim? Única coisa que conheço são meus pensamentos, e isso não sou eu? Isso mesmo.

É porque temos o vício do pensamento, não conseguimos parar nunca, aprendemos desta forma. No Ocidente, não temos a cultura de esvaziar, desacelerar a mente, ou seja, fazer meditação, tentar não pensar o tempo todo no passado ou no futuro, e sim nos concentrarmos no momento presente.

Como podemos inserir mais coisas e melhores num local onde já está cheio? Não cabe, precisamos desocupar! Em um recipiente muito cheio, uma só gota já transborda.

A mente é analítica, totalmente racional, analisa prós e contras de tudo o tempo todo, não chegando à conclusão alguma, e acaba somente nos confundindo.

Para podermos acessar nossa essência, precisamos aprender a ouvi-la, e como ouvir o coração quando nossa mente não pára de pensar um só minuto? Simplesmente impossível. Ninguém que está atordoado consegue prestar atenção em outra coisa. Por isso é tão importante acalmarmos nossas mentes. Pode ser meditando, ou dizendo um basta quando ela começa a nos enlouquecer.

Outro aspecto importante a ser considerado e é neles que devemos focar, é a Presença. Somos viciados em pensar no futuro ou no passado, mas nunca vivemos o momento Presente. Sendo que é somente ele que existe. Se perdermos o momento presente, estamos perdendo a Vida. Porque é só no Presente que ela acontece. Geralmente estamos totalmente identificados com o padrão mental. Ele toma conta. E é um hábito arraigado muito difícil de mudar, exige muito esforço.

Precisamos mudar este padrão mental, o condicionamento, imediatamente. Pois nunca recuperaremos este tempo perdido. É na presença que existe vida! É na presença que existe liberdade! É na presença que surge a criatividade, pois ela vem de nossa essência!

Sempre que você tentar ficar presente, sua mente lhe encherá com mais pensamentos para desviar sua atenção, lhe dirá que neste momento você tem muitas preocupações e que precisar pensar. Não pode simplesmente viver no momento presente. Este é o papel dela. Mas devemos ser soberanos a ela. Deixe-a pensar o que quiser, e apenas observe estes pensamentos, mas não os siga. Você é o Cocheiro desta carruagem, não sua mente. Você dita as regras e não ela. Não se deixe seduzir por todo e qualquer pensamento.

Somente colocando alguém no comando poderemos mudar nossas vidas, e deixar de ser arrastados por ela. Só assim evoluiremos. E evolução é uma escolha que se faz consciente. Automaticamente, nem sabemos para onde estamos indo. Simplesmente somos levados!

Tome as rédeas de sua mente, de sua vida. Afinal, você é mais forte que ela, por mais que ela tente te convencer do contrário.

Indecisões da Vida

Existe coisa pior que a indecisão? Eternamente em cima do muro, sem saber para que lado ir?

Sinceramente acho que é um dos piores sentimentos, você nunca ter certeza. Ter muitas idéias e vontades, mas não tem a coragem de tomar decisão alguma. Sempre por causa do medo! Medo de tomar decisões erradas e se arrepender.

Mas será que o erro, ou arrependimento, é pior do que o sentimento de nunca haver tentado?

Talvez passemos o resto da vida com isso martelando nossa cabeça, não ter tentando algo, por medo! Sempre o medo obstruindo nosso caminho, turvando nossa visão, nos impedindo de ir mais além e de descobrir novos horizontes. Como se livrar dele e ser mais ousado? É algo que se consegue mudar ao longo da vida? Ou já temos que nascer ousados? Que dúvida cruel! Novamente ela!

Mesmo as pessoas mais decididas, passam por situações de indecisão: tomar um caminho ou outro? Correr riscos ou continuar com o que lhe é conhecido? Quem sabe qual é a resposta correta? Não há uma verdade absoluta. Para cada pessoa, momento e lugar, há uma melhor saída, uma decisão e uma verdade. Só experimentando para saber. E pode ser que com o passar do tempo, tenhamos a consciência de que o caminho escolhido não tenha sido o melhor, mas não devemos nos arrepender da decisão, e sim, tirar a lição disso, pois as escolhas que fazemos, são baseadas na realidade do momento, e essa realidade, muda constantemente durante nossa vida.

Muitas pessoas se pegam em impasses mesmo na idade madura, e se cobram por isso. Mas é completamente normal, pois passamos a rever nossos conceitos com o amadurecimento.

Anormais são os nossos condicionamentos, conceitos impostos pela sociedade, que nos são ensinados desde cedo e passamos a acreditar neles. Condicionamentos que não nos permitem errar, ter questionamentos, tomar decisões erradas, mas aprender sobre elas. Não!

Aprendemos que devemos ser perfeitos, seguros, bem sucedidos, sem chance de ter dúvidas ou equívocos. Devemos continuar sempre atuando no papel que nos foi imposto, não importa com o que sonhamos, almejamos, o que nossa alma realmente nos diz. Se isso for contra os ensinamentos, estaremos fadados a não levar isso adiante, pelo menos sem sofrer críticas..

Na verdade, essa é a maior das indecisões. Continuar representando na vida imposta ou ir de encontro aos seus anseios ?

Pense nisso ! E tome sua decisão!

O tempo de cada um

Por que temos mania de achar que nós que comandamos toda a nossa vida? Que nós sabemos o que é melhor para nós e quando?

Obviamente nós dirigimos nossas vidas, fazemos nossas escolhas e acabamos indo por um caminho ou outro. Mas definitivamente, não sai tudo de acordo com o que esperamos, aliás, a coisa mais certa, é que nunca será exatamente como imaginamos.

Queremos tudo o que desejamos na hora, no tempo em que nos convém. Pensamos que a decisão é nossa. Temos necessidade do poder, do controle.

E simplesmente não é assim! Precisamos mais provas do que temos em nossas vidas?

Decidimos que queremos um emprego novo, e não o encontramos! Decidimos que queremos um filho, e não engravidamos! Decidimos que queremos um novo relacionamento, e a pessoa dos sonhos não chega! E assim por diante. E com essa demora, essa expectativa não preenchida, nos frustramos, nos fechamos em nosso sofrimento.

Mas e a pergunta que não quer calar? Por que as coisas não acontecem quando queremos?

Simples! Primeiro porque tem algo maior em nossas vidas, fora de nossa compreensão, que nos empurra por caminhos desconhecidos. Foge ao nosso conhecimento e controle, por não sabermos a diretriz.

Então, não conseguimos compreender essa lógica. Porque as situações só se concretizam quando estamos preparados para lidar com elas. Tanto as coisas boas que queremos, quanto as dificuldades que vem de presente! Há um tempo para o amadurecimento das coisas e antes desse tempo, nada vai acontecer, por mais que lutemos contra isso.

Esse amadurecimento é essencial em nossa vida. É o tempo de adaptação que cada um leva para enfrentar uma nova situação. Mas também nos acontece muita coisa sem que esperemos e não nos sentimos preparados para tal. Porém, certamente essa experiência veio na hora em que você precisava dela, mesmo sem ter consciência disso.

Porque nada nos acontece à toa, sem motivo, ninguém enfrenta situações sem que esteja preparado para elas, e ninguém sofre uma dor maior que sua capacidade de superá-la.

O que devemos aprender, é não sofrer demais com a espera. É exercitar diariamente e exaustivamente o dom da paciência! Falo isso de cadeira, porque é muito difícil! Principalmente para as pessoas mais ativas, para não dizer impacientes, que querem tudo para ontem. Mas certamente é um teste individual, e não é o máximo quando nos superamos e passamos em testes?

Incômodo que promove mudanças

É o incômodo que nos move! Sem ele ficamos estagnados, não evoluímos. Afinal, quem mexe em time que está ganhando, não é? Esse não é o chavão mais comum dito aos quatro ventos?
Ninguém nem pensa em melhorar algo na sua vida se estiver tudo bem. Precisamos de algo que nos empurre, nos faça ir adiante, e esse algo, é o incômodo, a insatisfação, o não conformismo com alguma situação. Não necessariamente precisa estar ruim, ou muito ruim, mas basta não estar satisfatório, para que comecemos uma reavaliação. Mas por não ser algo grave, porque apenas não está bom o suficiente, geralmente tendemos a pensar que não há motivo para aquela sensação angustiante. Afinal, nada está acontecendo. Exatamente esta questão: Nada está acontecendo! Então, tentamos empurrar a sensação para debaixo do tapete para ver se passa. Quem sabe você não dando ouvidos, talvez também não sinta!

E é aí que nos enganamos! Quanto antes nós tivermos consciência de que, todo e qualquer incômodo, é oportunidade de mudança e de melhora, mais chances teremos de nos encontrarmos novamente e com isso obtermos nossa paz interior.

Mas para isso precisamos ter coragem. Coragem de reavaliar certas situações, coragem para admitir as insatisfações, coragem de tomar uma atitude para mudar a situação, coragem de enfrentar as diversas opiniões (alheias) sobre o que te incomoda. Enfim, coragem de ser você mesmo e aceitar-se desta forma, acima de tudo.

São nas dificuldades que aparecem as oportunidades de mudança, de crescimento, novos desafios a serem vencidos. As inspirações também surgem nestes momentos!

O que não dá é para a pessoa ficar se lamentando toda vez que passa por um problema. Reclamando sempre da sua má sorte, porque acontece sempre com ela e parece que na vida dos outros está tudo sempre bem. Pura ilusão! Ninguém nessa dimensão tem uma vida perfeita, escassa de problemas.

Temos é que mudar o ângulo, a maneira de ver as coisas.
Temos é que usar as crises para nos dar o impulso necessário para darmos um salto em nossas vidas!

Precisamos das pedras nos nossos sapatos!

Ah, mas como é duro ter que conviver com elas, isso ninguém pode negar!

Atitude Interna

Acho incrível como as coisas em nossas vidas mudam em questões de segundos.

Você está enfrentando um problema ou talvez tenha alguma decisão a tomar, que está em “stand by”, mas você tem conseguido lidar com isso numa boa. Sua ansiedade, suas emoções estão controladas, com muito exercício de paciência, pois afinal você não tem como resolver rapidamente mesmo. Mas de repente, dá um clique. Em uma conversa com alguém, ou simplesmente, você começa a pensar um pouco mais sobre o assunto, e lá se vai a paz. E com ela as chances de fazer algo acertado. Pois com o desespero não se enxerga com clareza e não se vê as possibilidades de resolução que a vida traz.

Mesmo sabendo disso, por que nos deixamos levar por esta situação? Não conseguiremos domar nossa mente? Será que ela é mais forte do que nós?

Em muitos casos, sim. Algumas pessoas se deixam dominar completamente e não conseguem sair disso por muito tempo até que algo as aconteça e as tire deste estado.

Por exemplo, como uma doença, perda de emprego, perda de uma pessoa querida ou um sofrimento maior que o dito problema. Geralmente esses percalços nos fazem despertar para algo maior. E abrem nossa mentalidade, mudam nossos conceitos com relação as situações da vida e ampliam nossos horizontes. Fazem-nos acreditar mais em nosso potencial e nos permitem a sonhar mais.

Já outros, não acordam jamais. Viverão o resto da vida da mesma forma, acreditando que nada dá certo. Tendo pensamentos negativos e obviamente atraindo mais coisa ruim para suas vidas. Mesmo que acontecessem ótimas oportunidades, não enxergariam, pois não estão abertos para isto.

Mas temos que focar nas pessoas que conseguem se desprender dessa força negativa. Temos muito a aprender com elas. Mesmo tendo o dito clique, e também entram em uma curta fase de pensamentos negativos, pois é normal, algo nessas pessoas é mais forte que o vício do sofrimento, e conseguem a superação.

Temos que ter uma força mental grande ou na verdade, acreditar numa força maior, que nos rege e só quer nossa Felicidade. Eu particularmente, acredito nisso. Precisamos acreditar que tudo nos acontece para melhor, para nosso crescimento, nossa evolução e maiores momentos de Felicidade. Mas isso não quer dizer que, mesmo acreditando nessa força vital, que não temos que fazer o exercício diário de mentalização positiva, de não deixarmos nos abater pelas coisas que não conseguimos ou pelas situações não concretizadas da forma como gostaríamos. Todo dia é uma batalha a ser vencida! Mas aos poucos, isso vai fazendo parte de você e começa a se tornar mais natural. Até sofremos, mas é um sofrimento diferente. Não nos domina totalmente. Os problemas continuam e sempre continuarão, mas lá no fundo, você já é outra pessoa. A atitude interna é que muda! Sua maneira de encarar a vida.


Que tal você tentar? Eu já comecei

Felicidade

Qual o conceito desta tal felicidade que tanto corremos atrás? Afinal, passamos nossa vida inteira querendo capturá-la a qualquer custo.

Você pode fazer uma pesquisa e encontrará as mais diversas respostas:

Felicidade é ter muito dinheiro para conquistar o que queremos (mas esse dia nunca chega), ou ter uma vida profissional dinâmica em curva ascendente sempre, ou viagens maravilhosas, ou uma casa cheia de filhos, um amor que nos preencha o resto de nossas vidas, ou muita saúde por toda a existência, uma vida espiritual plena, e assim por diante.

Acredito que seja um pouco de tudo isso até. Mas não o tempo todo. O que temos que aprender (e como é difícil), é que a Felicidade está em pequenos momentos. Momentos triviais da vida cotidiana e que ninguém se dá conta. Na verdade, não consideramos esses pequenos espaços de tempo em que nos sentimos plenos, como Felicidade. O que nós seres humanos com uma visão equivocada da vida esperamos, é que sejamos felizes por muito tempo, por quase todo o tempo, aí sim, acreditaremos ter alcançado o sucesso, caso contrário, seguiremos pensando que nunca obtivemos a tão almejada Felicidade.

É a jornada que nos traz felicidade, não o destino!

Precisamos mudar esta mentalidade! Temos que aprender a curtir os bons momentos da vida, nem que sejam muito pequenos. Se continuarmos nos iludindo com esse conceito de que a Felicidade é quando tivermos alcançado tudo que desejamos, passaremos pela vida frustrados por nunca termos conseguido. Pois sempre teremos algo mais a conquistar, e após alcançarmos um objetivo, imediatamente vem outro, e daí sim, pensamos que seremos felizes.

Isto é, não tem fim. E sabem por quê? Porque a felicidade real não está nas coisas que obtemos, e sim, dentro de nós mesmos. Sempre que buscarmos a felicidade pela obtenção de coisas externas, vamos nos dar mal! Pois após a conquista, cairemos novamente na sensação de vazio e na busca de outra coisa para nos suprir este buraco.

Esse conceito de felicidade que a maioria das pessoas conhece, é o conceito do prazer e das sensações, que na verdade sempre está relacionado a alguém ou a alguma coisa. Dependendo de terceiros para você conseguir ser feliz. Por isso é tão difícil esta conquista, e não dura muito tempo.

Como podemos conceber que nossa felicidade está nas mãos de terceiros ou de bens materiais e não nos questionarmos? Deveríamos refletir sobre isso, porque neste caso, certamente notaríamos que tem algo errado nisso.

Notaríamos que nossa vida, nossa felicidade, não pode ser responsabilidade de outra pessoa! Temos nós mesmos que ter as rédeas de nossas vidas em nossas mãos.

Cada pessoa tem que buscar uma maneira de encontrar no seu íntimo o caminho para a plenitude! Na verdade, devemos buscar a plenitude, e não somente a felicidade. A felicidade nos escapa, mas a plenitude é absoluta.

Existe uma frase de um mestre espiritual que gosto muito e que diz tudo:
“O prazer é animal, a felicidade é humana e a plenitude é divina”

Não desista dessa busca, mesmo que o caminho seja longo e árduo, pois sem a esperança dessa conquista, a vida não vale a pena!

Culpa nossa de cada dia

Ela é minha eterna companheira, não tenho por onde escapar! Já tentei fugir por vários caminhos, despistei, mudei de rota, me escondi. Mas por onde quer que eu vá, ela me encontra, me assola. Serei eterna prisioneira? Ou conseguirei me libertar?

Culpa é um sentimento inútil, não leva a nada. A culpa é um mecanismo (religioso, moral ou social) que foi criado para controlar o ser humano, para que não houvesse tantas transgressões, para que os impulsos humanos fossem mais facilmente controláveis.

Mas não costumamos nos questionar muito sobre os valores que geram as culpas.

O que deveríamos fazer na idade adulta seria reavaliar essas questões e tirar nossas conclusões, deixar para trás o que não nos serve mais e formar nossos próprios conceitos, baseado em uma realidade madura. Caso agíssemos assim, creio que nos libertaríamos de muito sofrimento.

Sentimos culpa por tudo. Por sermos bem sucedidos ou não, por ganharmos dinheiro ou não, por termos uma boa vida enquanto tantos outros vivem na miséria, etc. E para cada sentimento de culpa instalada, vem a punição, ou o desejo dela, mesmo que inconsciente, para aliviar a considerada transgressão cometida. E nós próprios, muitas vezes, nos boicotamos por acharmos que não somos merecedores de tal Felicidade.

Também sentimos culpa por certas atitudes tomadas no passado.
Não precisamos esquecer o passado completamente, mas devemos viver o Presente olhando para o futuro. Deixar o que passou, para trás mesmo, pois este não mudará mais. E a culpa não contribuirá em nada. É diferente do arrependimento, que você analisa uma atitude e conclui que aquilo não foi bom para você e toma a decisão de não repeti-la mais.

A culpa só nos corrói e não constrói. Quando você se der conta de que a culpa não resolverá seus conflitos, você estará pronto para iniciar sua libertação deste sentimento.

Culpar-se, é não estar aberto ao aprendizado de nossos equívocos.

Parte da Felicidade consiste em sermos mais tolerantes conosco mesmo, e saber aceitar nossas limitações, sem críticas, sem julgamentos. A rigidez e a obsessão pela perfeição, só aumentam nossas culpas, nos distanciando ainda mais do encontro com nós mesmos, com nossa essência.

Diante da culpa, se aceite e compreenda seus limites.
Diante da culpa, evite a autopunição e se proponha a acertar.
Diante da culpa, saiba que você é humano e errar é intrínseco.

O mundo precisa de ajuda

O mundo está doente, em depressão. Precisamos fazer alguma coisa com urgência, antes que nosso fim seja este mesmo.

Tenho notado que é um mal generalizado e recorrente. Recorrente porque vira e mexe ele volta, pois não é resolvido, não se chega à raiz do problema. Geralmente resolvemos as questões "que nos incomodam", mas não mexemos na base, que é onde deve ser investigado. Os conceitos e valores é que precisam ser modificados.

Não existe reforma ortográfica? Reforma de leis? Reforma no governo?

Precisamos na verdade é de uma reforma nos valores da sociedade! Sem isso, sinto muito dizer, mas sucumbiremos.

As pessoas não agüentam mais viver num modelo convencionado como o "certo" porque é assim que funciona o esquema, um modelo linear, tradicional.
É o padrão mental que nos ensinaram dizendo que somos "nós mesmos".

E ainda pior, a maioria das pessoas não sabe disso, não se dá conta que o "condicionamento" não é seu verdadeiro eu. São simplesmente condicionamentos. Valores transferidos a você por séculos e séculos a fio, totalmente equivocados.

Condicionamentos tolhem nossa liberdade de pensar, de criar, de Ser. De existir de verdade, como fomos criados.

Condicionamentos nos aprisionam em nossa própria casa mental, que é a pior das prisões. Condicionamentos que nos fazem acreditar que devemos buscar incessantemente o sucesso material, o poder, e que insiste que devemos ser o melhor em tudo. Que não podemos relaxar, porque seremos passados para trás.

Não se vive o que se sente! E é aí que o negócio pega.

Então nosso Ser essencial precisa gritar para ser ouvido. E é isso que acontece quando algo não pára de nos incomoda, não nos dá paz. Geralmente começa com um incômodo que não sabemos bem definir, vai virando angústia, mas tentamos deixar de lado.

O Ser quer que vivamos de acordo com a nossa essência, como somos realmente. E não que levemos a vida baseada em nosso ego, nossa estrutura mental que é totalmente induzida pelos costumes e regras da sociedade humana.

Mas não mergulhamos neste terreno porque é perigoso demais. Talvez mudanças drásticas em nossas vidas precisem ser feitas. Mas então o Ser começa a nos torturar. Pode ser uma doença física, ou os sintomas dela pelo menos, ou depressão. Algo que te faça parar e reavaliar situações.

Mas muitas vezes, nem assim passa pelas nossas cabeças que possa ser algo relacionado com nosso estilo de vida.

Tentamos abafar o som dessa voz perturbadora que só atrapalha nosso ritmo alucinado. Tentamos calá-la ocupando-nos com outras coisas. Enchemos mais nossas agendas, arranjamos viagens, procuramos nos afundar em estudo, ou mais e mais trabalho. Tudo isso com um intuito: distração do essencial e dispersão com coisas secundárias.

Não se olha mais para o lado, não se tem tempo de saber do outro. Trocar uma palavra de afeto, aconselhar ou pedir um conselho, oferecer um ombro a alguém que precise, ou ouvir com atenção. Enfim, prestar atenção nas coisas mais sutis e fundamentais da vida.

Somente a consciência pode mudar esta história. Nada mais!

O maior tesouro que temos é a troca de experiências. Mas infelizmente não temos mais tempo para isso. Pois o mundo não pára!

Em busca da verdade!

Em busca da verdade!

A sensação de estar vivendo em um mundo diferente do que a maioria vive é muito libertadora, mas também assustadora. É inexplicável, na verdade.

Grande parte das pessoas não vislumbrou ainda o mundo “real”, eu diria neste caso o mundo paralelo a este, em que estamos inseridos, vivendo enlouquecidamente perdidos nos conceitos de ilusão e mentira, porque é mais cômodo e menos perturbador.

Preferimos viver mesmo que dolorosamente, fazendo de conta, a colocar as cartas na mesa e tentar viver algo real. Mesmo que não seja tão bonito quanto à ilusão faz parecer.

Descobrir que a realidade não é tão bonita, tão justa, tão recompensadora e tão nobre quanto gostaríamos, pode ser algo muito decepcionante. Mas quando nos deparamos com situações em que não as escolhemos, mas não podemos fugir delas, e elas nos trazem a verdade sobre a vida, a tendência é nos frustrarmos, indignarmos e pensarmos que o mundo é injusto.

Tomamos estas situações como fatos ruins que nos acontecem porque nos tiram a venda da ilusão, literalmente desmancham nossos conceitos de mundo encantado.

Mal sabemos o bem que estes eventos nos fazem. Como é estimulante viver na realidade e não na cegueira de um mundo que só existe em fantasia. A única maneira de acordarmos é derrubando nosso castelo de sonhos. Mesmo que naquele determinado momento possa ser doloroso, não deveria haver outra maneira de encarar a vida se não por meio da verdade.

Mas muitos não conseguem conviver com a verdade. Pois a verdade é cruel! A verdade dói, e nos faz sofrer. A verdade não dá colher de chá nem ameniza. Ela é como é. E não podemos negá-la. Não podemos e nem temos como negá-la. Ela simplesmente existe. Podemos é colocar um véu em sua frente para fingir que ela não existe. Mas infelizmente, isso não a faz desaparecer.

Por outro lado a verdade liberta, a verdade aproxima, a verdade é essencial em nossa vida. Só através dela podemos dar um passo a frente e evoluir. Portanto, invista nela! Diariamente.

Cada um deve trilhar seu caminho para descobrir a sua verdade, pois para cada um ela se modifica. Não existe uma verdade plena!

Temos que criar este novo correto. Fazer desta nova visão, dos novos objetivos, um novo modo de viver, e que aos poucos ele se torne o único modo ao qual seja possível
.