terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Respostas para quem está atento!

Alguém neste planeta já não se viu numa encruzilhada e sentou em frente a ela para tentar decidir qual caminho tomar? E se pegou paralisado ali por um longo tempo, com medo de tomar qualquer rumo que fosse?

Mas o que é uma encruzilhada afinal?

É o lugar onde nos encontramos e sentimos que está estreito. É quando percebemos que não cabemos mais nos mesmos moldes. É quando reconhecemos que talvez devamos caminhar em outra direção.

Diante desta situação, podemos ter duas atitudes: ficar parados pensando mentalmente na melhor opção, analisando os riscos, ou, lançar-nos na direção que acreditamos ser a melhor naquele momento, mesmo que não tenha motivos externos para isto. Isto é, ir de acordo com o coração, intuição.

Quando se está pronto emocionalmente, escolhe-se andar rumo ao desconhecido a permanecer enclausurado.

Isso não nos exime da eterna pergunta que todos nos fazemos: será que tomei a decisão mais acertada? Será que não deveria ter ido para o outro lado?

Mas vale dizer, que sempre recebemos sinais que nos ajudarão nas decisões.. sinais claros e diretos.. Só que precisamos estar abertos, com a sensibilidade aflorada para perceber.

Se você for capaz de identificar os sinalizadores, não terá dúvida jamais de que tomou o caminho certo. Pois eles existem, para indicar-nos o rumo. E quem enxerga isso, não se arrepende, pois entende que observou os sinais e interagiu de acordo com eles. Então, não restará dúvida.

Tudo isso só fará sentido para quem vive de acordo com a interação, e não tentando controlar a vida.

Controle faz parte da escravidão, pois na liberdade segue-se o fluxo da vida.

Interação é ser ousado e explorar o que a vida nos traz, mesmo que isso seja totalmente inusitado, novo. É deixar-se levar pelas portas que ela abre, para ver o que tem lá dentro, mesmo sendo desconhecido. Podemos nos surpreender!!

Quem pensa que controla toda sua vida, não entende quando de repente se encontra em um lugar onde não escolheu estar, e sofre, se frustra. E a única maneira de lidarmos com isso sem nos sentirmos completamente perdidos nesta existência, é saber que o curso de nossa vida, não depende única e exclusivamente de nós. Tem algo maior que nos leva a certos caminhos.

Isto se chama “entrega”. Traduz-se como confiança na vida.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Quero viver!

Quero viver de acordo com o que está dentro de mim, em cada momento da minha vida, mesmo que isso signifique contradições em curtos espaços de tempo...

Quero viver plenamente todas as experiências que a vida me apresentar, sem ter que preocupar-me demais se é o certo ou errado, de acordo com velhos padrões de uma vida que já foi, mas não é mais...

Quero viver podendo desfrutar o sabor do que a vida tem a me oferecer em todas as fases da minha vida, sem julgamento mental, entregando-me totalmente de corpo e alma...

Quero viver de acordo com meu Caminho, cumprindo todas as etapas, compreendendo e aceitando o ônus das escolhas...

Quero viver sabendo que, mesmo que algumas vezes eu não tenha segurança na tomada de algumas decisões, eu não preciso me condenar por cometer algum equívoco, pois quem age está tentando acertar...

Quero viver o maior tempo possível longe da angústia, do medo, e da dúvida, mesmo sabendo que eles fazem parte da vida e de nossa jornada evolutiva, mas que caminhando sempre de acordo com meu coração, a presença deles não será uma constante.

Quero viver para me conhecer intimamente, desvendando todos os meus mistérios mais profundos e ocultos, porque somente desta forma teremos possibilidade de conquistar paz e plenitude interior.

Quero viver sendo eu mesma todos os dias, todas as horas, todos os minutos da minha existência terrena, porque só assim cumprirei minha missão nesta vida.

Quero viver para transformar-me quantas vezes forem necessárias, até que me torne um ser humano de verdade, digno de alcançar outro patamar em minha evolução pessoal.

Quero é viver deliciosamente enquanto for me dada a chance, porque isso todos temos, mas só alguns conseguem aproveitá-la!!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Ser diferente incomoda muita gente!

A padronização é que mata a individualidade e criatividade das pessoas. Não dá chance de o indivíduo se descobrir e não abre espaço para deixar brotar o que pode estar só esperando terreno fértil.

A verdade é que com todas estas regras e preconceitos, se torna muito difícil e inconveniente ser diferente. Ou temos que ser muito corajosos para ir contra todos esses preceitos, ou acabamos nos moldando, engolindo tudo que nos empurram para não darmos margem a comentários e pensamentos contrários caso não nos adequemos aos padrões muito sutilmente impostos. Afinal, nada é tão descarado. Agimos como se fossem tempos ultra-modernos onde cada um tem direito de viver da maneira como lhe convier.

Isso não é bem verdade. Há um cobrança invisível e mascarada implícita por parte de todas as pessoas, tornou-se tudo automático. As pessoas não questionam mais nada! Nem a si mesmas e nem as regras. Aceitam tudo como se fosse a única verdade existente. Não deixo de pensar no dia em que se darão conta disso, como se sentirão.

Você até pode seguir todas essas regras, mas desde que pense sobre elas antes, veja se faz sentido para você e aí está tudo bem. Mas não simplesmente porque alguém te condicionou a agir assim.

Triste daqueles que se submetem a somente repetir o que os outros mandam, sem nem lembrar-se de quem são.

Consideram graves os casos dos que não trilham o mesmo caminho, os diferentes. Mas grave é quem se violenta forçando-se a ser igual. Neste ponto é que começa a tal amargura.

Pois quem se mutila para seguir o exemplo do outro, nunca descobrirá a beleza de viver!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Ser feliz dá trabalho!

Não é a toa que as pessoas estão a cada dia mais amargas indiferentes ou resignadas, pois ser feliz dá muito trabalho. Dá trabalho porque geralmente precisamos mexer em muitos aspectos já consolidados, envolve outras pessoas e isso gera um stress imenso.

Aqueles que são mais acomodados preferem deixar tudo como está a ter que começar a um trabalho longo e árduo atrás do que realmente importa em sua vida. E muito provavelmente, nem pensam sobre isso para não se incomodar, afinal é extremamente desconfortável viver uma situação que não o agrada totalmente tendo plena consciência disso. Então neste caso, é preferível nem enxergar.

Na vida tomamos decisões por um destes dois caminhos: ou para sermos felizes ou para evitar o sofrimento.

O caminho correto é a escolha de ser feliz, pois as pessoas ao nosso redor também só conseguirão ser felizes, se também o formos. Precisamos estar em paz conosco para transmitirmos uma boa energia e tranqüilidade.

Mas se decidirmos evitar o sofrimento é praticamente certo que falharemos. Pois por medo de sofrer ou fazer outros sofrerem, deixamos de buscar nossa felicidade e acabamos impedindo outros de encontrarem a sua também.

Tentando calar nossos anseios mais íntimos, vamos afastando-nos de nossos sonhos, e criamos uma realidade separada para não sofrermos demais com a não realização deles. E fato é que a amargura toma conta de nossa alma. Perdemos o entusiasmo. Entusiasmo pela vida!

Ao mesmo tempo temos medo da morte! E não nos damos conta de que estamos nos envenenando aos poucos, pois a amargura é um veneno potentíssimo que dará cabo a nossa vida ou promoverá uma doença que o faça.

O maior problema é a nossa cegueira. Não conseguimos perceber desta forma e continuamos cavando nossa própria cova. Continuamos empurrando com a barriga, tapando nossos olhos e fechando nossos ouvidos a fim de manter a nossa segurança construída tão arduamente. Não aceitamos nada que ameace nossa estrutura, que coloque em risco nosso castelo atrás do qual nos escondemos.

Ressentimos-nos com as pessoas que por algum motivo acordaram para a vida, descobriram que a vida precisa ser vivida, e que topam pagar o preço de viver na insegurança. Só que neste pacote inclui todas as emoções que temos medo de sentir.

Então taxamo-nas de “fora da realidade”, para o fardo ficar um pouco mais leve em nossas costas. Temos que arranjar desculpas para não compreendê-las por pavor de sentir a mesma necessidade, e isto quer dizer, arregaçar as mangas e conviver com um incômodo incessante por longo tempo até que uma nova realidade seja construída.
Mas nem todos querem se sujeitar a isto, mas também pagam um preço alto por esta escolha. Abdicam do sopro da vida, não restando quase nada. Nem vontade de morrer nem vontade de viver..

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O Sr. Ferreira, taxista em Ribeirão Preto


Pode ser dentro de um táxi e em alguns poucos minutos, que aprendemos as coisas mais importantes da vida!

Uma história simples e sofrida, mas absolutamente sem rancor, o que mais me impressionou.

O Sr. Ferreira me mostrou que nem sempre as pessoas que tiveram condições caóticas de vida, são pessoas amargas ou amarguradas, infelizes, tristes, deprimidas ou descrentes da vida.

Não!

Pelo contrário, conduziu-me por sua trajetória lindamente, o que me comoveu demais, por ser algo tão desprovido de amor, atenção, carinho e mesmo assim, por tudo que passou e não foi pouco, ele tirou a melhor lição possível. Quando a maioria de nós, já teria jogado a toalha há muito tempo, passaria o resto da vida lamentando-se por sua má sorte e não interessaria o que de bom viesse à frente, pois nada compensaria ou apagaria o passado digno de dó.

A força dessas pessoas iluminadas é algo que me intriga e fascina. Pois não são pessoas que estudaram e aprofundaram-se no tema de evolução espiritual e então passam a aplicar a teoria aprendida por consciência.

Não!

Elas nascem com essa sabedoria desenvolvida, é algo delas mesmo e nem precisa ser muito lapidado.

Talvez seja a única maneira de suportar a miséria de suas vidas? Talvez!

Mas há que considerar que poderiam ir pelo outro caminho, o mais fácil, o da autopiedade e comiseração como a maior parte das pessoas.

Para o Sr. Ferreira, a beleza da vida está na simplicidade das coisas. Não precisa de luxo, tecnologia e dinheiro. Olhar um pato nadando, uma galinha ciscando, a natureza perfeita ao seu redor, é o que de maior pode almejar. Essa é sua felicidade.

Seu sonho, que ele acha impossível de realizar, mas nem por isso deixa de tê-lo, é morar num sítio onde passará o resto de sua vida curtindo os bons momentos a sua maneira.

Não estou pregando que tudo que o mundo moderno nos proporciona é de pouca valia, obviamente nos dias de hoje não vivemos mais sem as “modernidades” , mas certamente de nada elas valem se também não soubermos o valor da simplicidade.. Pois poderemos conquistar o que for, o que de maior pudermos possuir, nada suprirá nosso vazio, porque não é lá que está o que pode nos preencher.

E a simplicidade, está no olhar de quem está atento.. Na visão das sutilezas.. É ver beleza, onde só a consciência de vida pode te mostrar.. É lá que moram os mais ricos detalhes..

Então, cabe a cada um de nós, aprendermos um pouquinho com o sábio Sr. Ferreira!

E a vida que levamos, é onde mostramos quem somos.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Escravidão Incondicional!

“O homem nasce livre e por todos os lados está acorrentado. Nasce livre, mas é como escravo que passa a vida.” – Reich

A prisão é a morte em vida! A rigidez sufoca, mata a vida Viva.

O ser humano vive escravizado e não se dá conta. E por isso, reduzem-se as chances de liberdade.

A escravidão faz-se na inconsciência, na ignorância, na visão equivocada da vida.

Somos prisioneiros dos condicionamentos, do mundo padronizado, dos conceitos gerais. O padrão é a prisão, pois nos obriga a repetir o que os outros fazem.

Seguimos os padrões para nos sentirmos encaixados no sistema, sem nos questionarmos se realmente é aquilo que queremos para nossas vidas. A regra implícita é não pensar sobre.

O automatismo, a mecanicidade não permite a criatividade. É somente “reação” e nunca “ação”. Continuamos condenados enquanto condicionados.

Incondicionalmente aceitamos fazer parte deste esquema, por falta de conhecimento, por não sabermos que temos escolha.

Eterna prisão!

Que deixa-nos totalmente apáticos e prostrados perante a vida. Que mata a “chama” da verdade.

Os prisioneiros são o maior problema, não a prisão. Existe um medo latente de descobrir como é simples viver lá fora e não saber o que fazer com o habitual e já conhecido sofrimento, angústia, medo, espera, sonho.

Como viver de outra maneira? Como ser livre? O que fazer com tal liberdade?

Mas enquanto a massa dorme, alguns conseguem escapar da prisão. E descobrem que somente em liberdade temos idéia do real significado da Vida.

E a única saída é a consciência. Através de nossa transformação interior, seremos libertados. Conhecer e entender a si mesmo, é a fundamental neste caminho.

Ouvir o coração, acreditar na intuição. São coisas tão simples e que fazem toda a diferença. Onde estiver seu coração estará sua felicidade, sua paz.

E então seguiremos ao próximo estágio!

Liberdade!!!

Eterna Liberdade!

“Liberdade significa capacidade dizer Sim quando é preciso dizer Sim, de dizer Não quando é preciso dizer Não!!!

...E de ficar calado às vezes, quando nada é necessário. Quando se pode dispor de todas essas dimensões possíveis, existe liberdade” – Osho

Liberdade é não precisar da aprovação de outrem;
Liberdade é sentir-se pleno e realizado independente do mundo exterior;

Liberdade é na verdade uma conquista interior, algo que vem do seu profundo ser. E não pode ser tirada de você.

Nossa Alma é intrinsecamente livre!

É não se abalar. É não ser contra nem a favor. É estar tão seguro da sua verdade que não precise prová-la a ninguém. É cair fora de qualquer jogo.

Liberdade é compreensão!

A verdade é única de cada um, não se ensina, não se empresta. E cabe a nós mesmos descobrirmos a nossa. Só ela nos libertará, nada mais.

Liberdade é oportunidade!

Para resgatar a Liberdade de nossa Alma, é preciso retornar. Ir de encontro ao seu Eu. É uma jornada interna que só pode ser feita pelo próprio indivíduo. É tirar camada por camada dos condicionamentos até chegar à essência.

Liberdade é ultrapassar! É ir além.

A Felicidade e paz interior dependem desta Liberdade de ser. Ninguém pode ser pleno, engessado por excessivas regras e paradigmas.

Liberdade é saber respeitar o limite do outro!

Liberdade é consciência plena! É ser você mesmo, e assumir a responsabilidade por isso. E responsabilidade é crescimento.

Liberdade é Maturidade!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Camelos, Leões e Sábios!

Vou contar uma história sobre os estágios da evolução espiritual humana que foram descritos metaforicamente pelo filósofo Nietzsche.

Esses estágios mostram claramente o funcionamento do ser humano e pode servir como um despertar para quem estiver interessado. São eles: A assimilação, a independência e a criatividade.

O primeiro estágio é o Camelo ou Carneiro, o que somente assimila.

Esse é o tipo de pessoa formada pela sociedade, facilmente controlável. É a pessoa foi ensinada a dizer SIM para tudo. O não, jamais fez parte de seu vocabulário, ela nunca teve a chance de escolha. Assim lhe foi imposto. Por condicionamento ela aceita tudo, porque não se deu conta de que pode ser diferente. Podemos dizer que “obediência e crença” são as palavras de ordem neste estágio.

Até este momento, o indivíduo não tem consciência de si. Tudo é automático e como deveria ser. Expor-se dando sua real opinião é algo totalmente fora de cogitação. Confia demasiadamente no julgamento das outras pessoas sobre si mesmo e em relação ao mundo. Sofre-se muito neste estágio. Pois quase nada é de acordo com sua vontade.

Perdemos muitas coisas por este esquema psicológico. Perdemos vida!

É o mundo das regras, mundo do sofrimento, da escravidão. Temos mil leis mecânicas a obedecer satisfatoriamente, e estas nos separam da verdadeira realização, do absoluto. Ninguém é natural quando tem que atender a tantas expectativas alheias. É aí que acaba o papel da sociedade. Ela só forma camelos. Daí por diante, é com cada um. Quando finalmente acordamos desta cegueira a qual fomos envolvidos, quando acordamos, queremos recuperar o tempo perdido. E desabrochamos.

Então neste momento passamos ao estágio de leão, que é uma rebelião contra o camelo. O leão ruge contra a autoridade, contra imposição. E faz cair por terra a frase “Tu não deves”.

É a fase da independência.

Na fase leão, a pessoa começa a tornar-se consciente e descobrir-se. Encontra em seu interior um diamante bruto, que precisa ser lapidado. Mas ainda não é senhor de si, e teme voltar à fase do camelo, por isso luta todo o tempo. O seu eu pessoal está em desenvolvimento, mas não totalmente formado, encontra-se em processo de auto-afirmação.

Esta virada de chave, esta transformação só pode contar com você. Ninguém mais pode fazê-lo por você. E se você não decidir se tornar um leão, continuará camelo para sempre.Mas também precisa saber que estará por sua conta e risco neste caminho, não espere apoio dos camelos.

Afinal, um leão incomoda muito os camelos à sua volta. Porque os camelos são pacatos, não querem perturbação, e não gostam de mudanças!! Os leões são amedrontadores perante os olhos dos camelos. Eles temem o desejo de se tornar leões e ter que sair de sua comodidade. Mas não há motivos para preocupação, pois infelizmente, os Leões são raridades, exceções.

A terceira e última fase, a mais bela e significativa é quando nos tornarmos sábios. Fase da criatividade.

É quando não precisamos mais lutar contra, quando ultrapassamos, quando superamos e compreendemos. E então, simplesmente tudo pode continuar como está, porque você já se transformou e não faz mais parte daquele tão conhecido jogo. Neste momento não importa mais o mundo exterior, como ele funciona, quais suas cobranças... Porque você tem tudo que precisa dentro de você. Você está no mundo, mas não é do mundo. Você se torna LIVRE.

Neste momento, você se tornou criança ou sábio... E a vida, certamente será vista com outros olhos, vivida de outra maneira. A vida se torna esplendorosa, intensa e com plenitude. Nossa intenção, deveria ser sempre ir em busca da cor viva que colore mas a maioria não tem idéia de que vê o mundo preto e branco...

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Onde cabe seu sonho?

Muitas pessoas não precisam de muito para viver, elas só precisam de seus sonhos e de esperança. Elas só têm que acreditar em algo que faça sentido.

Não sei como algumas pessoas conseguem viver sem que sua vida faça sentido, ou, se somente esperam pouco da vida, mas caso vivam assim, ou optem por isso, tenho que confessar que as acho muito corajosas também.

Recentemente num filme que assisti o diálogo inicial já demonstrava o conteúdo do filme e dizia assim: O que você faz para viver? Não quero saber o que você faz para sobreviver.

Simplesmente muitos não sabem o que dizer. Não se permitiram pensar sobre o assunto ou provavelmente nunca nem lhes veio à mente esta questão. Vivem a vida no automático.

Se deixar levar por algum sonho, abrir o pensamento e deixar fluir. Como dizia Lindolfo Bell “Menor que meu sonho não posso ser”.

Isso porque nunca temos tempo de parar e pensar nessas questões “profundas”, pois temos que correr atrás da máquina, se não o mundo nos devora, certo? Não é isso que dizem?

Errado! Seremos devorados por nossas próprias necessidades se não tomarmos consciência de quanto isto é importante para nosso Ser, para nossa evolução.

Se não nos permitirmos pensar nisso hoje, abrir espaço em nossas vidas para o que realmente importa, talvez seja tarde demais. Talvez estejamos doentes demais, ou sozinhos demais, ou perdidos demais. Talvez enxerguemos o real sentido da vida, quando quase já não haja mais tempo para viver de outra forma. E então, teremos que “sobreviver” com o gosto amargo da visão tardia, da falta de tempo, ou até, do arrependimento.

O que quero dizer e instigar nas pessoas, é que sejam mais ousadas e menos padronizadas. Tenham coragem de assumir seus sonhos, por mais loucos que possam parecer. Afinal, como poderemos conquistar algo se não sonharmos?

Não importa o que a sociedade falará, o que seus parentes comentarão, o que seus amigos pensarão. A vida é sua, cada um sabe onde o calo aperta, cada um sofre sua dor e mais ninguém.

Não tema ir de encontro aos seus sonhos, por mais difíceis que lhe pareçam. Pois só assim, a vida vale a pena ser vivida! Do contrário, não vivemos, apenas sobrevivemos.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Quem é você?


Quantas pessoas conseguem responder esta pergunta tão profunda? Gostaria que fossem muitas. Mas infelizmente isso não condiz com a realidade. A maioria não sabe quem é. Não sabe por que nunca ousou se perguntar ou nunca ousou ouvir a resposta. Ou porque não tem tempo de pensar no assunto, ou nunca teve chance de entrar em contato com esta questão. Sei que muitas pessoas podem pensar que não sei o que estou dizendo, que obviamente todos sabemos quem somos. Mas não quero uma resposta convencional do tipo: qual seu nome, sua profissão, qual seu hobby.

Quero saber se você sabe quem você é de verdade.

Porque a primeira dificuldade é descobrir isso, a segunda dificuldade é aceitar, e a terceira é viver de acordo com essa verdade. Há pessoas que até descobrem, mas nunca aceitam e muito menos se permitem viver de acordo. Outras descobrem e até aceitam, mas jamais a viverão.

Eu não diria que são covardes, porque realmente não é tão fácil assumir. Diria somente que elas não são ousadas o bastante. Afinal, a verdade não é para qualquer um, é preciso muita coragem para conseguir suportá-la. Pois a visão gera tensão. A visão gera sofrimento. Então não serve para quem quer levar uma vida pacata sem maior stress.

O intuito é viver a vida em sua plenitude, é sentir-se conectado com todas as coisas. Como você pode experimentar isso sem ao menos saber quem é? Quais são seus objetivos mais elevados? Por que você está aqui? Qual será a sua missão? O que faz seus olhos brilharem de verdade?

Admita para você mesmo (não precisa contar a ninguém se ainda não estiver preparado). Aceite primeiro, mas seja honesto consigo.

Do que gosta realmente? Não o que “deveria” gostar, ou o que gostariam que você gostasse.

Permita-se pensar sobre isso.

Você tem a vida que gostaria de ter? É do tamanho dos seus sonhos ou desejos mais íntimos?

Pense que, se você soubesse que teria que viver sua vida novamente, exatamente igual, como se sentiria? Viva de forma que você no mínimo goste muito desta idéia.

Não estou falando financeiramente, pois isso não é facilmente controlável por nós. Estou falando de outra coisa, pois o dinheiro é somente uma distração, que nos desvia do caminho essencial à nossa evolução, e se não percebermos a tempo, ele toma conta de nossas vidas.

Se você conseguir responder a essas perguntas (leve o tempo que precisar), já estará no caminho. Mas não se iluda de que será fácil colocar tudo isso em prática, talvez seja o maior desafio de sua vida. Mas mesmo assim, vale muito a pena. É por isso que estamos aqui, para viver da forma como fomos criados, não tentando sempre ser de forma diferente. Estamos aqui para pensarmos por nós próprios além de tudo, e não somente reproduzirmos o que ouvimos sem questionamentos.

Devemos acima de tudo ouvir nossa voz interior sempre, mesmo nos momentos em que parece que ela nos diz para tomarmos um caminho que vai para o lado oposto do que os outros te dizem, e você fica completamente perdido, em dúvida e assustado.

O seu “eu” sabe para onde deve ir, mesmo que conscientemente você não saiba. Acredite nele! Comece a testar, por mais que te digam que você deve estar louco. Não caia nessa. Teste e confira você mesmo.

Não há outra maneira de sentir. Isso é viver com consciência.

Gostaria de terminar com uma frase do filósofo Nietzsche, que considero de uma riqueza absoluta, e que nos mínimo nos faz pensar:

Torna-te o que tu és!

Acho que após esta citação, nada mais precisa ser dito!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Dias e dias..



É, tem dias e dias...

Dias em que se têm vontade de cantarolar, admirar o sol, e encantar-se com as estrelas...
Dias em que nem o céu mais azul é capaz de te animar...

Essa é a vida. Com altos e baixos. Com prazeres e dissabores. Com alegrias e nostalgias.

Indefinível! Sim, essa seria a palavra mais correta para tentar exemplificar estes estados internos alternantes.

Indefinível porque normalmente ninguém consegue exprimir com exatidão o que sente, por que sente. E a cada momento esta sensação pode mudar.

Por conta disto, nos sentimos lunáticos, nos cobramos por nos comportarmos assim, mesmo tendo consciência que nós não temos controle de nossos sentimentos. As pessoas criticam, maldizem e não compreendem.

Mas gente!! Isso é vida. Viver é assim.. Viver é mudar.. todos os dias, todos os minutos. Somos influenciados a todo o momento por tudo que está ao nosso redor. Somos a soma de nossas experiências. E a cada minuto vivido, adiciona-se mais tempero a esta receita.

Toda palavra dita modifica algo em nós. Cada cena vista, altera nossa visão da vida.

Precisamos aprender a lidar com as mudanças.. aceitar, compreender e experimentar. Se lutarmos contra as intempéries todo o tempo, deixaremos de viver plenamente.

Já dizia Heráclito: “não há nada permanente a não ser a mudança”

Afinal, “sempre a primavera, nunca as mesmas
flores”.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Quando eu perdi o bonde!


Eu não sei quanto a vocês, mas eu vivo com um medo de perder o bonde!

De passar pela vida e não ter entendido qual seu verdadeiro propósito. De me deixar levar pelos motivos errados ou ir com tanta pressa e tão obtusamente ao meu objetivo final (que eu mesma elegi), que quando já não houver mais tempo, descobrir que o troféu de ouro era para quem observasse as perfeições do caminho!

Não que tenha sempre que ser vencedora, não é isso. Mas me corrói pensar que desperdicei minha única chance de ter me deliciado com a vida e por ignorância deixei passar esta oportunidade...

E por mais que tentemos manter esta questão em mente sempre, alertando-nos de que devemos curtir cada fase de nossa vida, mesmo que seja um período difícil, a ansiedade em saber o que vem depois é inegável. Ela nos leva para longe, para um futuro que nem sabemos como será e “se” virá. Ela nos faz correr com tênis próprios para velocidade em busca do pote dourado no fim do arco-íris. Ela nos faz querer desesperadamente a consagração, quando o lance é a arte da construção.

Não significa que não devemos ser focados, só não podemos estar alheios.

A atenção nas coisas e situações ao nosso redor é que nos mostrarão uma perspectiva totalmente diferente. Costumamos ser tão bitolados e condicionados a ter o mesmo olhar perante a vida, que não percebemos as maravilhosas variações que ela nos proporciona.

São os detalhes da estrada que nos fortalecem, enriquecem e indicarão a melhor maneira de chegar onde pretendemos. Assim, é fundamental saber peregrinar. Pois é nela, na estrada da vida, que contêm diversos segredos e quem passa correndo, perde o bonde!

Mas não menos importante, é respeitarmos nosso ritmo de caminhada. Quem sempre tenta alcançar os outros, importando-se mais em não ficar para trás do que com o intuito da jornada, está fadado ao fracasso.

Por isso, não se intimide por estar mais distante ou por ter que caminhar por um tempo só, o que de fato têm valor é completar o percurso, coletando todas as pedras preciosas no decorrer dele, e saber o que fazer com elas quando chegar ao destino!

Decididamente não quero perder o bonde!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

A beleza da sabedoria!

Numa calma tarde de segunda-feira, fui visitar minha avó. Sentadas num sofá tomando um ar fresco, começamos a conversar sobre coisas da vida. Ela com seus quase 80 anos, mas muito lúcida e perspicaz ainda. Falávamos das angústias e anseios que corroem nossa geração, e o modo como as pessoas encaram isso. Sempre tive uma queda bem forte por idosos, e ainda mais por minha avó.

Como são sábios os idosos, sempre os admirei por isso. E naquele momento me surpreendi pensando sobre isso novamente. Embora pareçam frágeis por conta do corpo físico, mas existe uma força e uma sabedoria espetacular se os olharmos de verdade. Se pudéssemos nos cercar deles e aprender com suas experiências, nos pouparia muita dor de cabeça.

Mas pouca gente tem paciência para os idosos, não tem tempo nem interesse em ouvir o que eles têm a dizer, pensam que são ultrapassados e não sabem nada deste mundo atual. Na verdade, o que os idosos não estão por dentro, é dos modismos e modernismos, seria pedir demais também, pois nem nós conseguimos acompanhar.

Agora, o que eles sabem e nunca muda, são os valores essenciais de nossas vidas, e que nem todos nessa jornada vão se dar conta disso.

São conceitos sobre as belezas de uma vida simples, de curtir as maravilhas da natureza, de apreciar uma boa companhia, de ter uma conversa agradável, de ouvir mais as pessoas e falar menos. De interagir com pessoas ao invés de ficar parado na frente da televisão ou computador. Dar valor as refeições feitas com toda família e agradecer por esta oportunidade que nos dias modernos se tornou tão raro. De estarmos vivos e respirarmos ar fresco. São coisas tão simples e banais, que fazem a plenitude de cada momento.

O que sempre pensei sobre a “idade da sabedoria”, é que é maravilhoso, pois já estão numa fase que não precisam mais provar nada para ninguém. Não precisam mais correr atrás do que nós mais jovens damos valor e que levamos tanto tempo para aprender que não é isso que nos fará feliz.

Sim, talvez com a idade deles tenhamos aprendido tudo isso.. Torço muito para isso, mas faço minha parte também. E parte dela, é ouvir os mais sábios!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Pedi, recebi! E agora?

Tem uma pergunta que não me deixa em paz: Por que será que quando desejamos algo, e o “algo” começa a tomar forma, nos sentimos acuados? Será um mistério a ser desvendado?

Vale o desafio, e arrisco algumas sugestões!

Perceba que geralmente acontece a mesma seqüência de acontecimentos com a maioria das pessoas. Sua vida pode estar tranqüila (aparentemente), confortável, mesma rotina, etc. Você gosta da sua vida tal como ela é. Mas não sei. Às vezes internamente uma perturbação começa a se fazer presente, nas entrelinhas... Como um sussurro ao longe..
Como uma brisa leve tentando despertar nossa atenção.

Neste momento você começa a se inquietar e procurar o motivo que o está fazendo perder o sono. E o encontra. Saímos a campo para tentar solucionar nossa incansável insatisfação e descobrimos o que nos faria extremamente felizes. Pronto! Agora é só esperar o que ansiamos tanto, acontecer. Quando o que tanto queremos se realizar, temos certeza que aquela “vozinha” chata nos deixará em paz e não mais estaremos à mercê dela.

E de repente, o nosso desejo começa a se tornar uma realidade. Assim, sem mais nem menos, sem aviso prévio! Não manda uma carta avisando, telegrama, sinal de fumaça, nada. Simplesmente se torna real. E aí?

Muitas vezes, pânico instalado. Outras, somente um medo nos invade tomando conta de todo nosso ser. E nos pega de calças curtas! Porque por esta, ah! Por esta, você não esperava. E isso invariavelmente nos confunde. Pois, se é algo que você tanto almejou, como explicar que no momento em que tudo acontece você sente desta forma? E pode até questionar-se, se sua intenção verdadeira era mesmo esta.

Bem, primeiro eu diria que não deveríamos racionalizar tudo. Afinal, querer achar razões lógicas para sentimentos é a maior prova de que estamos totalmente identificados com o intelecto, pois precisamos de argumentos plausíveis para todo e qualquer comportamento e emoção, e sequer nos damos conta de que algumas coisas são irracionais, inexplicáveis, indefiníveis e misteriosas.

Outro ponto a ser considerado, é que o “medo” que sentimos diante de mudanças, é criação do Ego. O ego, não gosta de mudanças. O ego, tenta nos imobilizar na zona de conforto. O ego necessita de segurança. Portanto mudar é totalmente contra seu esquema.

Não dê ouvido a ele, persista no seu intuito e vença!

Não caia nesta armadilha, marche!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

A renúncia é a libertação – não querer é poder

A renúncia é a libertação – não querer é poder (Fernando Pessoa)

Já diziam alguns sábios: “Não Deseje e não sofra! O desejo é a alma
do sofrer”. (Buda)

Com tanta abnegação, qual mensagem estavam tentando nos passar? O que pretendiam nos instigar com esta afirmação?

De fato, sempre que vivemos baseados em nossos desejos, estamos correndo grande risco de nos frustrarmos, pois as chances de não conseguirmos preencher todas as nossas expectativas são enormes. Posto isso, é seguro citar que vivemos aprisionados no mundo do Querer.

Os sábios desde a antiguidade, deram-se conta de que, na corrida pela felicidade o mais acertado é deixarmos de lado as expectativas e os desejos em excesso. Se não tivermos tantas expectativas, não haverá frustração. Se não houver tanto desejo, não haverá decepção.

Logicamente é intrínseco do ser humano querer adquirir, progredir e avançar rumo às suas convicções, mas o problema consiste em quando não se alcança o objetivo e a maneira como lidamos com isso. E outro ponto é, caso alcancemos o almejado! E seguidamente já perdemos o interesse e temos que substituí-lo. É uma busca infindável.
Uns podem pensar: ah, mas é isso que move o ser humano! Sim, até é. Mas é um paradoxo, porque se é o que move, também é o que o aprisiona.

O caminho do meio é ir em busca de seus anseios sabendo que sua vida não se resume a concretização deles. Não deixar que isto se torne sua meta principal e única. É saber que eles fazem parte de nossa, mas não são a nossa vida.

Não é tão simples aplicar esta teoria, como se nosso “ego” não existisse. Realmente não é fácil! Mas é possível na medida da evolução de cada um.

O pouco que tentarmos, talvez consigamos. E já será um avanço no dia a dia de nossas vidas, um passo a frente em nossa evolução.

O que eu acho? Que vale a pena tentar.

Pois sem tentativa não pode haver sucesso. E você?

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Compartilhando momentos!

.
Compartilhar é o que dá mais graça à vida!

Fiquei pensando sobre isso num episódio muito simples que me aconteceu.

Durante um vôo, em que eu estava sozinha, era fim de tarde e estava um dia lindo de onde eu vinha. Mas chegando ao local de destino percebi que o tempo estava nublado.

De repente olhando para fora, era como se eu visse um interminável tapete de algodão. Aquela imensidão de nuvens, de todos tamanhos e formatos, todas juntas umas das outras formando um efeito maravilhoso com o pôr do sol que se via no horizonte, com os reflexos avermelhados sumindo por entre as nuvens. Foi uma cena que me marcou muito, pois poucas vezes acho que vi algo tão belo. E naquele momento o meu desejo foi de compartilhar com as pessoas esse espetáculo da natureza! Como eu estava desacompanhada, chamei a pessoa ao meu lado para dividir aquela sensação, e curtir a beleza que estávamos tendo a oportunidade de presenciar.

Fascinada admirando a cena, observei minha inquietação. Por que não conseguimos silenciar somente e desfrutar? Mas sempre que algo toca nosso coração, parece que precisamos repartir nossa emoção.

Isso me fez refletir, em como nós seres humanos estamos ligados e necessitamos uns dos outros. Faz parte do indivíduo o convívio com outras pessoas.

Tem uma frase que diz: Uma alegria compartilhada é alegria em dobro e uma tristeza compartilhada é tristeza pela metade.

Compartilhar é dividir, e dividir é ter um pouco seu nos outros e dos outros em você. As experiências que trocamos é o que nos permite progredir mais rapidamente, encurtando caminhos e desviando de certas dificuldades já trilhadas por outrém.

Essa é uma enorme vantagem que devemos saber aproveitar. Não precisamos todos passar pelas mesmas situações de adversidade, afinal se cada um expor a sua, ganhamos tempo e poupamos sofrimento!

Bem, mas aí também entra a generosidade e o bem-querer ao próximo não é? Se pensarmos bem, sabemos que nem todos têm essa visão, e querem mais que o outro se dê mal tanto quanto, oras, porque poupar sofrimento se também passei por isso?

Só que se pensarmos assim, viveremos num mundo ainda mais individualista e desumano. Onde só o que importa é o seu bem-estar e sua felicidade. Só que eu acredito que não teremos mais espaço para esse tipo de caráter em nosso mundo, pois estamos evoluindo na marra, e quem não se adequar, ficará para trás. O egoísmo, individualismos serão conceitos ultrapassados.

O novo Buda

Li uma reportagem que falava sobre um menino de 6 anos que foi levado à um mosteiro, porque um dos monges intuiu que ele seria uma reencarnação de Buda, algo assim.. Ou um Mestre espiritual. E agora já adulto, saiu por sua conta e risco do mosteiro e foi procurar viver sua vida real. Ele conta que quando foi levado era criança e se sentiu “arrancado” de sua vida e família e foi forçado a viver numa era medieval sem contato com mundo real.

Isso veio de encontro novamente com o que já sabemos. Que Espiritualidade não pode ser algo imposto a ninguém. Este caminho é um caminho solitário e individual, e devemos trilhá-lo no nosso ritmo, baseado apenas no anseio que temos dentro de nós. Se esta chama se acende de alguma forma (porque acredito que todos a trazemos), saímos em busca de algo que venha satisfazer nosso vazio interior. Algo que nos oriente e nos apresente a vida sob um outro prisma. Que abra nosso caminho para outro lado.

Mas isso tem que partir de nós mesmos. Não há nada que possa ser feito para despertar em outra pessoa algo que ela mesma ainda mantêm adormecido. Provavelmente não é o momento dela. Acho que a sabedoria maior consiste em sabermos respeitar o ritmo das coisas e das pessoas, senão acabamos atropelando a tudo e a todos.

Afinal, o fluxo da vida é perfeito como é. Em um caso como este, o tiro sai pela culatra, e algo que poderia ser despertado no momento certo e teria um potencial enorme, torna-se o contrário. Pois tudo que nos é imposto, perde o brilho, o encantamento e vira uma obrigação. Não nos fascinamos por nada que é obrigatório, é nossa natureza.

O que me chama atenção é que ele fala que queria viver uma vida real, o que não conseguia lá dentro. Entendo perfeitamente, pois confinado num lugar isolado com pouquíssimas e sempre as mesmas pessoas, vivendo uma vida só meditativa, mas sem o lado externo, convenhamos que é bem mais fácil colocar em prática os ensinamentos espirituais. Diferentemente da vida normal, onde tudo nos é exigido, há milhões de pessoas com valores e estilos de vida diferentes. Onde precisamos de dinheiro para viver, precisamos ter profissão, estudo e além de tudo, colocar esses princípios em nossas vidas e conseguir viver de acordo com eles. Concordo que isso é vida real.

Mas o paradoxo é que muitos de nós estamos no caminho inverso. Buscando exatamente a situação da qual ele está fugindo. Lutamos par encontrar a paz interior, a sabedoria de vida, a conexão com nossa essência e consequentemente com o Universo.

Mas a diferença é que é por vontade própria, e isto faz toda a diferença.

Minha conclusão é que, precisamos de tudo um pouco até para se saber qual o caminho que mais você se identifica, e certamente isto também mudará durante as fases de sua vida. Sem conhecer o outro lado da moeda, não saberemos como seria e a dúvida instiga a imaginação.

Por isso, como já dizia Buda : “Se estiramos demais a corda da Citara ela se rompe, se não a esticamos suficiente, ela não produz música”. Isto é, devemos seguir sempre “o Caminho do Meio.”

sexta-feira, 19 de junho de 2009

O mundo precisa de ajuda!


O mundo precisa de ajuda!


O mundo está doente, em depressão. Precisamos fazer alguma coisa com urgência, antes que nosso fim seja este mesmo.

Tenho notado que é um mal generalizado e recorrente. Recorrente porque vira e mexe ele volta, pois não é resolvido, não se chega à raiz do problema. Geralmente resolvemos as questões "que nos incomodam", mas não mexemos na base, que é onde deve ser investigado. Os conceitos e valores é que precisam ser modificados.

Não existe reforma ortográfica? Reforma de leis? Reforma no governo?

Precisamos na verdade é de uma reforma nos valores da sociedade! Sem isso, sinto muito dizer, mas sucumbiremos.

As pessoas não agüentam mais viver num modelo convencionado como o "certo" porque é assim que funciona o esquema, um modelo linear, tradicional.
É o padrão mental que nos ensinaram dizendo que somos "nós mesmos".

E ainda pior, a maioria das pessoas não sabe disso, não se dá conta que o "condicionamento" não é seu verdadeiro eu. São simplesmente condicionamentos. Valores transferidos a você por séculos e séculos a fio, totalmente equivocados.

Condicionamentos tolhem nossa liberdade de pensar, de criar, de Ser. De existir de verdade, como fomos criados.

Condicionamentos nos aprisionam em nossa própria casa mental, que é a pior das prisões. Condicionamentos que nos fazem acreditar que devemos buscar incessantemente o sucesso material, o poder, e que insiste que devemos ser o melhor em tudo. Que não podemos relaxar, porque seremos passados para trás.

Não se vive o que se sente! Este é o maior sofrimento.


Então nosso Ser essencial precisa gritar para ser ouvido. E é isso que acontece quando algo não pára de nos incomodar, não nos dá paz. Geralmente começa com um incômodo que não sabemos bem definir, vai virando angústia, mas tentamos deixar de lado.

O Ser quer que vivamos de acordo com a nossa essência, como somos realmente. E não que levemos a vida baseada em nosso ego, nossa estrutura mental que é totalmente induzida pelos costumes e regras da sociedade humana.

Mas não mergulhamos neste terreno porque é perigoso demais. Talvez mudanças drásticas em nossas vidas precisem ser feitas. Mas então o Ser começa a nos torturar. Pode ser uma doença física, ou os sintomas dela pelo menos, ou depressão. Algo que te faça parar e reavaliar situações.

Mas muitas vezes, nem assim passa pelas nossas cabeças que possa ser algo relacionado com nosso estilo de vida.

Tentamos abafar o som dessa voz perturbadora que só atrapalha nosso ritmo alucinado. Tentamos calá-la ocupando-nos com outras coisas. Enchemos mais nossas agendas, arranjamos viagens, procuramos nos afundar em estudo, ou mais e mais trabalho. Tudo isso com um intuito: distração do essencial e dispersão com coisas secundárias.

Não se olha mais para o lado, não se tem tempo de saber do outro. Trocar uma palavra de afeto, aconselhar ou pedir um conselho, oferecer um ombro a alguém que precise, ou ouvir com atenção. Enfim, prestar atenção nas coisas mais sutis e fundamentais da vida.

Somente a consciência pode mudar esta história. Nada mais!

O maior tesouro que temos é a troca de experiências. Mas infelizmente não temos mais tempo para isso. Pois o mundo não pára!

terça-feira, 16 de junho de 2009

O Vício do Pensamento

“Nós somos quem nós pensamos”. Quem já não ouviu esta frase?

Assim como eu, provavelmente muitas pessoas ouvem e ainda acreditam nisso. Mas de fato, não é bem verdade. Não somos o que “pensamos”, mas muito mais que isso. Os pensamentos influenciam nossa vida externa, os fatos, mas nossa essência está totalmente à parte disso.

Podem estar pensando, mas que loucura! Como assim? Única coisa que conheço são meus pensamentos, e isso não sou eu? Isso mesmo.

É porque temos o vício do pensamento, não conseguimos parar nunca, aprendemos desta forma. No Ocidente, não temos a cultura de esvaziar, desacelerar a mente, ou seja, fazer meditação, tentar não pensar o tempo todo no passado ou no futuro, e sim nos concentrarmos no momento presente.

Como podemos inserir mais coisas e melhores num local onde já está cheio? Não cabe, precisamos desocupar! Em um recipiente muito cheio, uma só gota já transborda.

A mente é analítica, totalmente racional, analisa prós e contras de tudo o tempo todo, não chegando à conclusão alguma, e acaba somente nos confundindo.

Para podermos acessar nossa essência, precisamos aprender a ouvi-la, e como ouvir o coração quando nossa mente não pára de pensar um só minuto? Simplesmente impossível. Ninguém que está atordoado consegue prestar atenção em outra coisa. Por isso é tão importante acalmarmos nossas mentes. Pode ser meditando, ou dizendo um basta quando ela começa a nos enlouquecer.

Outro aspecto importante a ser considerado e é neles que devemos focar, é a Presença. Somos viciados em pensar no futuro ou no passado, mas nunca vivemos o momento Presente. Sendo que é somente ele que existe. Se perdermos o momento presente, estamos perdendo a Vida. Porque é só no Presente que ela acontece. Geralmente estamos totalmente identificados com o padrão mental. Ele toma conta. E é um hábito arraigado muito difícil de mudar, exige muito esforço.

Precisamos mudar este padrão mental, o condicionamento, imediatamente. Pois nunca recuperaremos este tempo perdido. É na presença que existe vida! É na presença que existe liberdade! É na presença que surge a criatividade, pois ela vem de nossa essência!

Sempre que você tentar ficar presente, sua mente lhe encherá com mais pensamentos para desviar sua atenção, lhe dirá que neste momento você tem muitas preocupações e que precisar pensar. Não pode simplesmente viver no momento presente. Este é o papel dela. Mas devemos ser soberanos a ela. Deixe-a pensar o que quiser, e apenas observe estes pensamentos, mas não os siga. Você é o Cocheiro desta carruagem, não sua mente. Você dita as regras e não ela. Não se deixe seduzir por todo e qualquer pensamento.

Somente colocando alguém no comando poderemos mudar nossas vidas, e deixar de ser arrastados por ela. Só assim evoluiremos. E evolução é uma escolha que se faz consciente. Automaticamente, nem sabemos para onde estamos indo. Simplesmente somos levados!

Tome as rédeas de sua mente, de sua vida. Afinal, você é mais forte que ela, por mais que ela tente te convencer do contrário.

Indecisões da Vida

Existe coisa pior que a indecisão? Eternamente em cima do muro, sem saber para que lado ir?

Sinceramente acho que é um dos piores sentimentos, você nunca ter certeza. Ter muitas idéias e vontades, mas não tem a coragem de tomar decisão alguma. Sempre por causa do medo! Medo de tomar decisões erradas e se arrepender.

Mas será que o erro, ou arrependimento, é pior do que o sentimento de nunca haver tentado?

Talvez passemos o resto da vida com isso martelando nossa cabeça, não ter tentando algo, por medo! Sempre o medo obstruindo nosso caminho, turvando nossa visão, nos impedindo de ir mais além e de descobrir novos horizontes. Como se livrar dele e ser mais ousado? É algo que se consegue mudar ao longo da vida? Ou já temos que nascer ousados? Que dúvida cruel! Novamente ela!

Mesmo as pessoas mais decididas, passam por situações de indecisão: tomar um caminho ou outro? Correr riscos ou continuar com o que lhe é conhecido? Quem sabe qual é a resposta correta? Não há uma verdade absoluta. Para cada pessoa, momento e lugar, há uma melhor saída, uma decisão e uma verdade. Só experimentando para saber. E pode ser que com o passar do tempo, tenhamos a consciência de que o caminho escolhido não tenha sido o melhor, mas não devemos nos arrepender da decisão, e sim, tirar a lição disso, pois as escolhas que fazemos, são baseadas na realidade do momento, e essa realidade, muda constantemente durante nossa vida.

Muitas pessoas se pegam em impasses mesmo na idade madura, e se cobram por isso. Mas é completamente normal, pois passamos a rever nossos conceitos com o amadurecimento.

Anormais são os nossos condicionamentos, conceitos impostos pela sociedade, que nos são ensinados desde cedo e passamos a acreditar neles. Condicionamentos que não nos permitem errar, ter questionamentos, tomar decisões erradas, mas aprender sobre elas. Não!

Aprendemos que devemos ser perfeitos, seguros, bem sucedidos, sem chance de ter dúvidas ou equívocos. Devemos continuar sempre atuando no papel que nos foi imposto, não importa com o que sonhamos, almejamos, o que nossa alma realmente nos diz. Se isso for contra os ensinamentos, estaremos fadados a não levar isso adiante, pelo menos sem sofrer críticas..

Na verdade, essa é a maior das indecisões. Continuar representando na vida imposta ou ir de encontro aos seus anseios ?

Pense nisso ! E tome sua decisão!

O tempo de cada um

Por que temos mania de achar que nós que comandamos toda a nossa vida? Que nós sabemos o que é melhor para nós e quando?

Obviamente nós dirigimos nossas vidas, fazemos nossas escolhas e acabamos indo por um caminho ou outro. Mas definitivamente, não sai tudo de acordo com o que esperamos, aliás, a coisa mais certa, é que nunca será exatamente como imaginamos.

Queremos tudo o que desejamos na hora, no tempo em que nos convém. Pensamos que a decisão é nossa. Temos necessidade do poder, do controle.

E simplesmente não é assim! Precisamos mais provas do que temos em nossas vidas?

Decidimos que queremos um emprego novo, e não o encontramos! Decidimos que queremos um filho, e não engravidamos! Decidimos que queremos um novo relacionamento, e a pessoa dos sonhos não chega! E assim por diante. E com essa demora, essa expectativa não preenchida, nos frustramos, nos fechamos em nosso sofrimento.

Mas e a pergunta que não quer calar? Por que as coisas não acontecem quando queremos?

Simples! Primeiro porque tem algo maior em nossas vidas, fora de nossa compreensão, que nos empurra por caminhos desconhecidos. Foge ao nosso conhecimento e controle, por não sabermos a diretriz.

Então, não conseguimos compreender essa lógica. Porque as situações só se concretizam quando estamos preparados para lidar com elas. Tanto as coisas boas que queremos, quanto as dificuldades que vem de presente! Há um tempo para o amadurecimento das coisas e antes desse tempo, nada vai acontecer, por mais que lutemos contra isso.

Esse amadurecimento é essencial em nossa vida. É o tempo de adaptação que cada um leva para enfrentar uma nova situação. Mas também nos acontece muita coisa sem que esperemos e não nos sentimos preparados para tal. Porém, certamente essa experiência veio na hora em que você precisava dela, mesmo sem ter consciência disso.

Porque nada nos acontece à toa, sem motivo, ninguém enfrenta situações sem que esteja preparado para elas, e ninguém sofre uma dor maior que sua capacidade de superá-la.

O que devemos aprender, é não sofrer demais com a espera. É exercitar diariamente e exaustivamente o dom da paciência! Falo isso de cadeira, porque é muito difícil! Principalmente para as pessoas mais ativas, para não dizer impacientes, que querem tudo para ontem. Mas certamente é um teste individual, e não é o máximo quando nos superamos e passamos em testes?

Incômodo que promove mudanças

É o incômodo que nos move! Sem ele ficamos estagnados, não evoluímos. Afinal, quem mexe em time que está ganhando, não é? Esse não é o chavão mais comum dito aos quatro ventos?
Ninguém nem pensa em melhorar algo na sua vida se estiver tudo bem. Precisamos de algo que nos empurre, nos faça ir adiante, e esse algo, é o incômodo, a insatisfação, o não conformismo com alguma situação. Não necessariamente precisa estar ruim, ou muito ruim, mas basta não estar satisfatório, para que comecemos uma reavaliação. Mas por não ser algo grave, porque apenas não está bom o suficiente, geralmente tendemos a pensar que não há motivo para aquela sensação angustiante. Afinal, nada está acontecendo. Exatamente esta questão: Nada está acontecendo! Então, tentamos empurrar a sensação para debaixo do tapete para ver se passa. Quem sabe você não dando ouvidos, talvez também não sinta!

E é aí que nos enganamos! Quanto antes nós tivermos consciência de que, todo e qualquer incômodo, é oportunidade de mudança e de melhora, mais chances teremos de nos encontrarmos novamente e com isso obtermos nossa paz interior.

Mas para isso precisamos ter coragem. Coragem de reavaliar certas situações, coragem para admitir as insatisfações, coragem de tomar uma atitude para mudar a situação, coragem de enfrentar as diversas opiniões (alheias) sobre o que te incomoda. Enfim, coragem de ser você mesmo e aceitar-se desta forma, acima de tudo.

São nas dificuldades que aparecem as oportunidades de mudança, de crescimento, novos desafios a serem vencidos. As inspirações também surgem nestes momentos!

O que não dá é para a pessoa ficar se lamentando toda vez que passa por um problema. Reclamando sempre da sua má sorte, porque acontece sempre com ela e parece que na vida dos outros está tudo sempre bem. Pura ilusão! Ninguém nessa dimensão tem uma vida perfeita, escassa de problemas.

Temos é que mudar o ângulo, a maneira de ver as coisas.
Temos é que usar as crises para nos dar o impulso necessário para darmos um salto em nossas vidas!

Precisamos das pedras nos nossos sapatos!

Ah, mas como é duro ter que conviver com elas, isso ninguém pode negar!

Atitude Interna

Acho incrível como as coisas em nossas vidas mudam em questões de segundos.

Você está enfrentando um problema ou talvez tenha alguma decisão a tomar, que está em “stand by”, mas você tem conseguido lidar com isso numa boa. Sua ansiedade, suas emoções estão controladas, com muito exercício de paciência, pois afinal você não tem como resolver rapidamente mesmo. Mas de repente, dá um clique. Em uma conversa com alguém, ou simplesmente, você começa a pensar um pouco mais sobre o assunto, e lá se vai a paz. E com ela as chances de fazer algo acertado. Pois com o desespero não se enxerga com clareza e não se vê as possibilidades de resolução que a vida traz.

Mesmo sabendo disso, por que nos deixamos levar por esta situação? Não conseguiremos domar nossa mente? Será que ela é mais forte do que nós?

Em muitos casos, sim. Algumas pessoas se deixam dominar completamente e não conseguem sair disso por muito tempo até que algo as aconteça e as tire deste estado.

Por exemplo, como uma doença, perda de emprego, perda de uma pessoa querida ou um sofrimento maior que o dito problema. Geralmente esses percalços nos fazem despertar para algo maior. E abrem nossa mentalidade, mudam nossos conceitos com relação as situações da vida e ampliam nossos horizontes. Fazem-nos acreditar mais em nosso potencial e nos permitem a sonhar mais.

Já outros, não acordam jamais. Viverão o resto da vida da mesma forma, acreditando que nada dá certo. Tendo pensamentos negativos e obviamente atraindo mais coisa ruim para suas vidas. Mesmo que acontecessem ótimas oportunidades, não enxergariam, pois não estão abertos para isto.

Mas temos que focar nas pessoas que conseguem se desprender dessa força negativa. Temos muito a aprender com elas. Mesmo tendo o dito clique, e também entram em uma curta fase de pensamentos negativos, pois é normal, algo nessas pessoas é mais forte que o vício do sofrimento, e conseguem a superação.

Temos que ter uma força mental grande ou na verdade, acreditar numa força maior, que nos rege e só quer nossa Felicidade. Eu particularmente, acredito nisso. Precisamos acreditar que tudo nos acontece para melhor, para nosso crescimento, nossa evolução e maiores momentos de Felicidade. Mas isso não quer dizer que, mesmo acreditando nessa força vital, que não temos que fazer o exercício diário de mentalização positiva, de não deixarmos nos abater pelas coisas que não conseguimos ou pelas situações não concretizadas da forma como gostaríamos. Todo dia é uma batalha a ser vencida! Mas aos poucos, isso vai fazendo parte de você e começa a se tornar mais natural. Até sofremos, mas é um sofrimento diferente. Não nos domina totalmente. Os problemas continuam e sempre continuarão, mas lá no fundo, você já é outra pessoa. A atitude interna é que muda! Sua maneira de encarar a vida.


Que tal você tentar? Eu já comecei

Felicidade

Qual o conceito desta tal felicidade que tanto corremos atrás? Afinal, passamos nossa vida inteira querendo capturá-la a qualquer custo.

Você pode fazer uma pesquisa e encontrará as mais diversas respostas:

Felicidade é ter muito dinheiro para conquistar o que queremos (mas esse dia nunca chega), ou ter uma vida profissional dinâmica em curva ascendente sempre, ou viagens maravilhosas, ou uma casa cheia de filhos, um amor que nos preencha o resto de nossas vidas, ou muita saúde por toda a existência, uma vida espiritual plena, e assim por diante.

Acredito que seja um pouco de tudo isso até. Mas não o tempo todo. O que temos que aprender (e como é difícil), é que a Felicidade está em pequenos momentos. Momentos triviais da vida cotidiana e que ninguém se dá conta. Na verdade, não consideramos esses pequenos espaços de tempo em que nos sentimos plenos, como Felicidade. O que nós seres humanos com uma visão equivocada da vida esperamos, é que sejamos felizes por muito tempo, por quase todo o tempo, aí sim, acreditaremos ter alcançado o sucesso, caso contrário, seguiremos pensando que nunca obtivemos a tão almejada Felicidade.

É a jornada que nos traz felicidade, não o destino!

Precisamos mudar esta mentalidade! Temos que aprender a curtir os bons momentos da vida, nem que sejam muito pequenos. Se continuarmos nos iludindo com esse conceito de que a Felicidade é quando tivermos alcançado tudo que desejamos, passaremos pela vida frustrados por nunca termos conseguido. Pois sempre teremos algo mais a conquistar, e após alcançarmos um objetivo, imediatamente vem outro, e daí sim, pensamos que seremos felizes.

Isto é, não tem fim. E sabem por quê? Porque a felicidade real não está nas coisas que obtemos, e sim, dentro de nós mesmos. Sempre que buscarmos a felicidade pela obtenção de coisas externas, vamos nos dar mal! Pois após a conquista, cairemos novamente na sensação de vazio e na busca de outra coisa para nos suprir este buraco.

Esse conceito de felicidade que a maioria das pessoas conhece, é o conceito do prazer e das sensações, que na verdade sempre está relacionado a alguém ou a alguma coisa. Dependendo de terceiros para você conseguir ser feliz. Por isso é tão difícil esta conquista, e não dura muito tempo.

Como podemos conceber que nossa felicidade está nas mãos de terceiros ou de bens materiais e não nos questionarmos? Deveríamos refletir sobre isso, porque neste caso, certamente notaríamos que tem algo errado nisso.

Notaríamos que nossa vida, nossa felicidade, não pode ser responsabilidade de outra pessoa! Temos nós mesmos que ter as rédeas de nossas vidas em nossas mãos.

Cada pessoa tem que buscar uma maneira de encontrar no seu íntimo o caminho para a plenitude! Na verdade, devemos buscar a plenitude, e não somente a felicidade. A felicidade nos escapa, mas a plenitude é absoluta.

Existe uma frase de um mestre espiritual que gosto muito e que diz tudo:
“O prazer é animal, a felicidade é humana e a plenitude é divina”

Não desista dessa busca, mesmo que o caminho seja longo e árduo, pois sem a esperança dessa conquista, a vida não vale a pena!

Culpa nossa de cada dia

Ela é minha eterna companheira, não tenho por onde escapar! Já tentei fugir por vários caminhos, despistei, mudei de rota, me escondi. Mas por onde quer que eu vá, ela me encontra, me assola. Serei eterna prisioneira? Ou conseguirei me libertar?

Culpa é um sentimento inútil, não leva a nada. A culpa é um mecanismo (religioso, moral ou social) que foi criado para controlar o ser humano, para que não houvesse tantas transgressões, para que os impulsos humanos fossem mais facilmente controláveis.

Mas não costumamos nos questionar muito sobre os valores que geram as culpas.

O que deveríamos fazer na idade adulta seria reavaliar essas questões e tirar nossas conclusões, deixar para trás o que não nos serve mais e formar nossos próprios conceitos, baseado em uma realidade madura. Caso agíssemos assim, creio que nos libertaríamos de muito sofrimento.

Sentimos culpa por tudo. Por sermos bem sucedidos ou não, por ganharmos dinheiro ou não, por termos uma boa vida enquanto tantos outros vivem na miséria, etc. E para cada sentimento de culpa instalada, vem a punição, ou o desejo dela, mesmo que inconsciente, para aliviar a considerada transgressão cometida. E nós próprios, muitas vezes, nos boicotamos por acharmos que não somos merecedores de tal Felicidade.

Também sentimos culpa por certas atitudes tomadas no passado.
Não precisamos esquecer o passado completamente, mas devemos viver o Presente olhando para o futuro. Deixar o que passou, para trás mesmo, pois este não mudará mais. E a culpa não contribuirá em nada. É diferente do arrependimento, que você analisa uma atitude e conclui que aquilo não foi bom para você e toma a decisão de não repeti-la mais.

A culpa só nos corrói e não constrói. Quando você se der conta de que a culpa não resolverá seus conflitos, você estará pronto para iniciar sua libertação deste sentimento.

Culpar-se, é não estar aberto ao aprendizado de nossos equívocos.

Parte da Felicidade consiste em sermos mais tolerantes conosco mesmo, e saber aceitar nossas limitações, sem críticas, sem julgamentos. A rigidez e a obsessão pela perfeição, só aumentam nossas culpas, nos distanciando ainda mais do encontro com nós mesmos, com nossa essência.

Diante da culpa, se aceite e compreenda seus limites.
Diante da culpa, evite a autopunição e se proponha a acertar.
Diante da culpa, saiba que você é humano e errar é intrínseco.

O mundo precisa de ajuda

O mundo está doente, em depressão. Precisamos fazer alguma coisa com urgência, antes que nosso fim seja este mesmo.

Tenho notado que é um mal generalizado e recorrente. Recorrente porque vira e mexe ele volta, pois não é resolvido, não se chega à raiz do problema. Geralmente resolvemos as questões "que nos incomodam", mas não mexemos na base, que é onde deve ser investigado. Os conceitos e valores é que precisam ser modificados.

Não existe reforma ortográfica? Reforma de leis? Reforma no governo?

Precisamos na verdade é de uma reforma nos valores da sociedade! Sem isso, sinto muito dizer, mas sucumbiremos.

As pessoas não agüentam mais viver num modelo convencionado como o "certo" porque é assim que funciona o esquema, um modelo linear, tradicional.
É o padrão mental que nos ensinaram dizendo que somos "nós mesmos".

E ainda pior, a maioria das pessoas não sabe disso, não se dá conta que o "condicionamento" não é seu verdadeiro eu. São simplesmente condicionamentos. Valores transferidos a você por séculos e séculos a fio, totalmente equivocados.

Condicionamentos tolhem nossa liberdade de pensar, de criar, de Ser. De existir de verdade, como fomos criados.

Condicionamentos nos aprisionam em nossa própria casa mental, que é a pior das prisões. Condicionamentos que nos fazem acreditar que devemos buscar incessantemente o sucesso material, o poder, e que insiste que devemos ser o melhor em tudo. Que não podemos relaxar, porque seremos passados para trás.

Não se vive o que se sente! E é aí que o negócio pega.

Então nosso Ser essencial precisa gritar para ser ouvido. E é isso que acontece quando algo não pára de nos incomoda, não nos dá paz. Geralmente começa com um incômodo que não sabemos bem definir, vai virando angústia, mas tentamos deixar de lado.

O Ser quer que vivamos de acordo com a nossa essência, como somos realmente. E não que levemos a vida baseada em nosso ego, nossa estrutura mental que é totalmente induzida pelos costumes e regras da sociedade humana.

Mas não mergulhamos neste terreno porque é perigoso demais. Talvez mudanças drásticas em nossas vidas precisem ser feitas. Mas então o Ser começa a nos torturar. Pode ser uma doença física, ou os sintomas dela pelo menos, ou depressão. Algo que te faça parar e reavaliar situações.

Mas muitas vezes, nem assim passa pelas nossas cabeças que possa ser algo relacionado com nosso estilo de vida.

Tentamos abafar o som dessa voz perturbadora que só atrapalha nosso ritmo alucinado. Tentamos calá-la ocupando-nos com outras coisas. Enchemos mais nossas agendas, arranjamos viagens, procuramos nos afundar em estudo, ou mais e mais trabalho. Tudo isso com um intuito: distração do essencial e dispersão com coisas secundárias.

Não se olha mais para o lado, não se tem tempo de saber do outro. Trocar uma palavra de afeto, aconselhar ou pedir um conselho, oferecer um ombro a alguém que precise, ou ouvir com atenção. Enfim, prestar atenção nas coisas mais sutis e fundamentais da vida.

Somente a consciência pode mudar esta história. Nada mais!

O maior tesouro que temos é a troca de experiências. Mas infelizmente não temos mais tempo para isso. Pois o mundo não pára!

Em busca da verdade!

Em busca da verdade!

A sensação de estar vivendo em um mundo diferente do que a maioria vive é muito libertadora, mas também assustadora. É inexplicável, na verdade.

Grande parte das pessoas não vislumbrou ainda o mundo “real”, eu diria neste caso o mundo paralelo a este, em que estamos inseridos, vivendo enlouquecidamente perdidos nos conceitos de ilusão e mentira, porque é mais cômodo e menos perturbador.

Preferimos viver mesmo que dolorosamente, fazendo de conta, a colocar as cartas na mesa e tentar viver algo real. Mesmo que não seja tão bonito quanto à ilusão faz parecer.

Descobrir que a realidade não é tão bonita, tão justa, tão recompensadora e tão nobre quanto gostaríamos, pode ser algo muito decepcionante. Mas quando nos deparamos com situações em que não as escolhemos, mas não podemos fugir delas, e elas nos trazem a verdade sobre a vida, a tendência é nos frustrarmos, indignarmos e pensarmos que o mundo é injusto.

Tomamos estas situações como fatos ruins que nos acontecem porque nos tiram a venda da ilusão, literalmente desmancham nossos conceitos de mundo encantado.

Mal sabemos o bem que estes eventos nos fazem. Como é estimulante viver na realidade e não na cegueira de um mundo que só existe em fantasia. A única maneira de acordarmos é derrubando nosso castelo de sonhos. Mesmo que naquele determinado momento possa ser doloroso, não deveria haver outra maneira de encarar a vida se não por meio da verdade.

Mas muitos não conseguem conviver com a verdade. Pois a verdade é cruel! A verdade dói, e nos faz sofrer. A verdade não dá colher de chá nem ameniza. Ela é como é. E não podemos negá-la. Não podemos e nem temos como negá-la. Ela simplesmente existe. Podemos é colocar um véu em sua frente para fingir que ela não existe. Mas infelizmente, isso não a faz desaparecer.

Por outro lado a verdade liberta, a verdade aproxima, a verdade é essencial em nossa vida. Só através dela podemos dar um passo a frente e evoluir. Portanto, invista nela! Diariamente.

Cada um deve trilhar seu caminho para descobrir a sua verdade, pois para cada um ela se modifica. Não existe uma verdade plena!

Temos que criar este novo correto. Fazer desta nova visão, dos novos objetivos, um novo modo de viver, e que aos poucos ele se torne o único modo ao qual seja possível
.